Bandas independentes

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Sempre foi uma guerra lançar discos no Brasil. Ainda mais se o som não é moldado de acordo com as preferências mercadológicas. Nenhuma novidade nisso. Lembrei da questão por conta da vinda da banda Velhas Virgens para Guarapuava. Essa é uma das maiores, senão a maior, bandas independentes do país. O mais recente disco, lançado esse ano mesmo, contou até com contribuições de fãs, pelo que eu soube. Mais independente, impossível. E é uma banda que tem público próprio e fiel. Uma banda de ROCK com R maiúsculo, na sonoridade, na sacanagem e na diversão. Ouvindo rádios ou assistindo programas populares de TV, é até fácil entender porque bandas como as Velhas, e outras tantas e tão boas que temos por aí, simplesmente não encontram espaço. O som que rola na grande mídia é todo limpinho, asséptico (para não dizer acéfalo), com carinhas bonitas e muito marketing. Fofura total, poses programadas e entrevistas forçadas. O “seja você mesmo” saiu de linha. É uma tendência que foge da música e invade outras tantas áreas. Enquanto isso, os sons mais honestos vão ficando pelo caminho, sem que se faça qualquer esforço para trazer de volta algo de positivo na música exposta na mídia. O cara entre na música para ficar famoso, antes de tudo, não para fazer… música! É um negócio meio esquisito isso! Cantam em programas de jurados, com vozes ok, mas conteúdo zero, e com incompleta capacidade de compor algo que preste. Esquecidos em pouco tempo, provavelmente pagam para não sair das revistas de fofocas (até porque revistas de música também andam rareando).

Enfim, é mais um desabafo… não que isso vá mudar, assim como não foi apanhando de 7×1 que o futebol brasileiro terá mudanças alguma mudança em sua estrutura.

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